Você sabe o que é hepatite?

Antes de iniciar a leitura, assista ao vídeo ao lado e saiba um pouco mais sobre a hepatite A, B e C, D e E como se comportam e as formas mais comuns e eficientes de prevenção

Dia mundial da luta contra Hepatite. Conheça e saiba como se cuidar!

A hepatite é uma inflamação no fígado e pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas e, também, por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. Segundo o Ministério da Saúde, as hepatites virais podem ser dos tipos A, B, C, D (Delta) e E. No Brasil, as mais comuns são as do tipo A, B e C.

Foto: Divulgação

HEPATITE A

A hepatite A é uma doença contagiosa, causada pelo vírus A (VHA) e também conhecida como “hepatite infecciosa”.

Transmissão: Fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus.

Sintomas: Geralmente, não apresenta. Porém, os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Quando surgem, costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção.

Diagnóstico: É realizado por exame de sangue. Após a confirmação, o profissional de saúde indicará o tratamento mais adequado. A doença é totalmente curável quando o portador segue corretamente as recomendações médicas.

Como se prevenir: Melhorar as condições de higiene e de saneamento básico, lavar sempre as mãos, consumir apenas água tratada, evitar contato com valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto a céu aberto.

HEPATITE D

A hepatite D, também chamada de Delta, é causada pelo vírus D (VHD). Mas esse vírus depende da presença do vírus do tipo B para infectar uma pessoa.

Transmissão: Assim como a do vírus B, ocorre por relações sexuais sem camisinha com uma pessoa infectada; de mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação; compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos, etc), de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou de confecção de tatuagem e colocação de piercings;

Sintomas: Da mesma forma que as outras hepatites, a do tipo D pode não apresentar sintomas ou sinais discretos da doença. Os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Diagnóstico: A gravidade da doença depende do momento da infecção pelo vírus D. Pode ocorrer ao mesmo tempo em que a contaminação pelo vírus B ou atacar portadores de hepatite B crônica (quando a infecção persiste por mais de seis meses). Na infecção simultânea dos vírus D e B, na maioria das vezes, manifesta-se da mesma forma que hepatite aguda B. Já na infecção pelo vírus D em portadores do vírus B, o fígado pode sofrer danos severos, como cirrose ou até mesmo formas fulminantes de hepatite.

Como se prevenir: Como a hepatite D depende da presença do vírus B para se reproduzir, as formas de evitá-la são as mesmas do tipo B da doença.

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HEPATITE D

A hepatite D, também chamada de Delta, é causada pelo vírus D (VHD). Mas esse vírus depende da presença do vírus do tipo B para infectar uma pessoa.

Transmissão: Assim como a do vírus B, ocorre por relações sexuais sem camisinha com uma pessoa infectada; de mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação; compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos, etc), de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou de confecção de tatuagem e colocação de piercings;

Sintomas: Da mesma forma que as outras hepatites, a do tipo D pode não apresentar sintomas ou sinais discretos da doença. Os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Diagnóstico: A gravidade da doença depende do momento da infecção pelo vírus D. Pode ocorrer ao mesmo tempo em que a contaminação pelo vírus B ou atacar portadores de hepatite B crônica (quando a infecção persiste por mais de seis meses). Na infecção simultânea dos vírus D e B, na maioria das vezes, manifesta-se da mesma forma que hepatite aguda B. Já na infecção pelo vírus D em portadores do vírus B, o fígado pode sofrer danos severos, como cirrose ou até mesmo formas fulminantes de hepatite.

Como se prevenir: Como a hepatite D depende da presença do vírus B para se reproduzir, as formas de evitá-la são as mesmas do tipo B da doença.

Foto: Divulgação

HEPATITE C

A hepatite C é causada pelo vírus C (HCV), já tendo sido chamada de “hepatite não A não B”. O vírus C, assim como o vírus causador da hepatite B, está presente no sangue.

Transmissão: Compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos, entre outros), higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou para confecção de tatuagem e colocação de piercings; de mãe infectada para o filho durante a gravidez; sexo sem camisinha com uma pessoa infectada.

Sintomas: O surgimento de sintomas em pessoas com hepatite C aguda é muito raro. Entretanto, os que mais aparecem são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Quando a infecção pelo HCV persiste por mais de seis meses, o que é comum em até 80% dos casos, caracteriza-se a evolução para a forma crônica.

Diagnóstico: Depende do tipo do vírus (genótipo) e do comprometimento do fígado (fibrose). Para isso, é necessária a realização de exames específicos, como biópsia hepática nos pacientes sem evidências clínicas de cirrose e exames de biologia molecular.

Como se prevenir: Não compartilhar com outras pessoas nada que possa ter entrado em contato com sangue, como seringas, agulhas e objetos cortantes. Entre as vulnerabilidades individuais e sociais, devem ser considerados o uso de álcool e outras drogas e a falta de acesso à informação e aos insumos de prevenção como preservativos, cachimbos, seringas e agulhas descartáveis.

HEPATITE E

A hepatite do tipo E é uma doença infecciosa viral causada pelo vírus VHE, mas possui ocorrência rara no Brasil, sendo mais comum na Ásia e África.

Transmissão: Sua transmissão é fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus. Como as outras variações da doença, quase não apresenta sintomas. Porém, os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Esses sinais costumam aparecer de 15 a 60 dias após a infecção.

Diagnóstico: Realizado por exame de sangue, no qual se procura por anticorpos anti-HEV. Na maioria dos casos, a doença não requer tratamento, sendo proibido o consumo de bebidas alcoólicas, recomendado repouso e dieta pobre em gorduras.

Como se prevenir: Melhorar as condições de higiene e de saneamento básico, como lavar sempre as mãos, consumir apenas água tratada, evitar contato com valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto a céu aberto.

As hepatites virais são doenças silenciosas e graves. O diagnóstico precoce amplia a eficácia do tratamento, por isso consulte regularmente um médico e faça o teste.

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CONTÁGIO E PREVENÇÃO

A hepatite A é transmitida através da ingestão de água ou alimentos contaminados, sendo mais frequente em crianças de 5 a 13 anos. Para evitar a contaminação, é necessário lavar bem os alimentos crus e deixá-los de molho em solução preparada com água sanitária. Lavar as mãos após o uso do banheiro, antes do preparo das refeições e antes de se alimentar também é fundamental para se prevenir contra o vírus.

Para a hepatite B existe vacina disponível nos postos de saúde. Crianças e jovens de até 20 anos devem tomar as três doses da imunização. A vacina também é indicada para profissionais de saúde, manicures, bombeiros, policiais, hemofílicos, pacientes que fazem hemodiálise ou grupos de comportamento de risco. Pode-se pegar o vírus em contato com sangue ou tecido contaminado ou em relações sexuais desprotegidas.

Apenas os portadores da hepatite B podem ser infectados com o vírus do tipo D. As formas de contágio são as mesmas, mas o vírus D só se manifesta se já houver a contaminação pela hepatite B.

O tipo C é o que tem mais chance de se tornar crônico.  Apenas 20% das pessoas que se contaminam conseguem eliminar o vírus nos seis primeiros meses; 80% das pessoas terão hepatite C crônica, podendo desenvolver quadros de cirrose, icterícia, inchaço, alterações no sangue e câncer no fígado. As formas de contágio são semelhantes às dos tipos B e D.

Nos três casos é importante não compartilhar agulhas, seringas ou objetos cortantes. É preferível frequentar salões de beleza onde são esterilizados de maneira correta navalhas e alicates. Sessões de acupuntura, piercings e tatuagens devem ser feitos em ambientes estéreis e só com materiais descartáveis ou estéreis.

Outra forma de transmissão da hepatite é da mãe para o bebê. Pode acontecer o contágio durante o parto ou aleitamento. Por isso a gestante deve fazer o acompanhamento pré-natal e manter os exames em dia. Caso a mãe tenha o vírus, o aleitamento não é aconselhado.

Existe tratamento para as formas crônicas de hepatite, mas o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura e controle da doença. Nas formas agudas das hepatites do tipo A e E, o tratamento é eficaz, o índice de cura e eliminação do vírus é muito alto.

As formas agudas de hepatite tipos B, C e D não possuem tratamento. O que é feito é o controle dos sintomas através de medicação e repouso. O próximo passo é controlar a doença e tomar medidas que visam impedir o aparecimento da cirrose e do câncer.

Os textos publicados no Blog Sempre Bem têm caráter informativo e não substituem a consulta médica. Para um diagnóstico correto, procure em médico hepatologista e esclareça suas dúvidas.

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