Em meio à pandemia, é natural que os esforços globais se concentrem no combate ao coronavírus. Mas, infelizmente, a Covid-19 não é a única ameaça que a humanidade precisa enfrentar. Com o aumento da temperatura média global, cientistas vêm alertando há décadas que algumas regiões do globo podem ser tão afetadas que poderão ficar inabitáveis. Um novo estudo, porém, descobriu que isso já está começando a acontecer: eventos climáticos extremos, que ultrapassam os limites de temperatura e umidade que os humanos conseguem aguentar, já estão sendo registrados na Ásia. E o cenário só tende a piorar.
O corpo humano é razoavelmente bem adaptado para suportar diferentes climas – tanto que já prosperamos em regiões tão distintas como desertos quentes e secos ou regiões árticas congelantes. Um dos truques fisiológicos por trás desse sucesso é o suor: a evaporação da água faz com que o corpo perca calor para o ambiente e consiga se manter resfriado. Mas há um problema no processo: quando a umidade do ar é muito alta, a evaporação é menos efetiva e pode até parar. Sem resfriar, o corpo pode sucumbir ao calor.